Verossimilhança

Com o espírito de noclássico e arcádico o poeta descrevia Marília na primeira lira da parte I: mulher nívea, de cabelos longos e louros, não importava se Marília fosse brasileira e morena.
"Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, o
u rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d'ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela"
Aceito na época a mitologia Gonzaga mostrou em seu livro valores e referência mitológicas, dada a presença dos deuses do Olimpo, como Cupido com suas setas mortais e Vênus que está sempre cotejada com Marília, a quem esta sempre vence pela beleza divina.